Foi encontrada pela minha esposa numa oficina de automóvel e provàvelmente tivera dono, pois portava uma coleira velha. O pessoal que trabalhava ali não ligava muito, só resto de comidas não amenizava o problema do animal, nem água colocavam. O aspecto dela era bem sofrível devido a doenças na pele tipo sarnas e não dava nem para distinguir a cor do pelo, a tonalidade era cinzenta. Andava sempre arriada com o rabo baixo e fedia, havia também caroços e feridas espalhado pelo corpo. Junto com minha filha se revezavam levando diariamente água fresca e ração, no inicio ela tinha medo quando aproximávamos e aos poucos foi se acostumando com o tratamento carinhoso. No dia seguinte aos festejo de Ano-Novo ela havia desaparecido, talvez assaltada com os fogos de artifícios e até tiro fez com que ela sumisse do local e a nossa preocupação aumentando, pois ela ainda estava debilitada e precisava de cuidados médicos. Estávamos receosos em adotá-la pois tínhamos a Jully, enorme bem tratada, braba e muito querida também. Já estávamos conformados, até que um belo dia, ela apareceu no mesmo local e ainda debilitada e resolvemos cuidar dela. Levamos ao veterinário para tratar dos ferimentos, verminoses e doença na pele, só depois que melhorasse daria as vacinas. E assim foi feito e com 1 mês de tratamento já se via o resultado, alguns fiapos de pelo e ate ameaçava uns latidos e balançar o rabo, depois de 3 meses já era outra cachorra, corpo ereto, rabo em pé, ferimentos cicatrizados ainda com casca, mas já dava pra notar que ela era preta, com focinho marrom e envolta dos olhos, pelo marrom claro. Embora mestiça a raça dobermann predominasse, mas ainda tinha alguns caroços no corpo que nos preocupava e não tínhamos recursos para fazer um tratamento especifico e continuamos com os medicamentos que felizmente deu resultado e os caroços já haviam sumidos. E ela como sinal de agradecimento , não descola um minuto da minha esposa e estranho que se aproxima dela recebe sempre um rosnado mostrando os dentes.
